Galeria dos Mártires - Irmã Teresita Ramírez


Ir. TERESITA RAMÍREZ
Mártir do Evangelho
COLÔMBIA * 28/02/1989

Teresita Ramirez, 41 anos, religiosa da Companhia de Maria, foi assassinada com 8 tiros na frente de seus alunos do Liceo em Cristales, próximo de Antioquia.

De origem camponesa, decide ser religiosa aos 17 anos. Sua formação intelectual e religiosa culmina em Medellín. Fiel à sua origem pobre camponesa opta sempre a trabalhar com marginalizados. Em Barranquilla permanece por 9 anos em El Bosque, um bairro onde ela motivou as Comunidades Eclesiais de Base e onde recebeu o apelido de “Irmã Chévere”. Sinônimo de carinho, confiança, dedicação, alegria, simplicidade, que em Teresita brotam por sua profunda fé e confiança no sentido libertador do Evangelho.

Em 1987 mudou-se para o Cristales, onde tinha sido pároco o Pe. Jaime Restrepo, que foi morto em 1988, perto de lá. O martírio do Pe. Restrepo se entrecruza com o de Teresita.

Jaime deixa o campo semeado, que frutificou em uma profunda consciência e organização dos camponeses. As religiosas que se faziam presente em Cristales desde 1975, apoiaram e continuaram o trabalho de Restrepo; nas casas, no Liceu, nas ruas onde diariamente os camponeses iam e voltavam do trabalho.

A jornada de Teresita começava às cinco horas da manhã e termina às onze da noite.

Em maio de 1988 se realizou uma Marcha Campesina. Suas reivindicações são de justiça elementar: água, luz, educação, escolha do pároco. Os sacerdotes e religiosos da área decidiram aderir a Marcha. Teresita e outros religiosos e religiosas colaborem em tudo. Quando chegam a Puerto Berrio, a Marcha foi reprimida pelo exército. Um oficial identifica Teresita por nome e atividade em Cristales. Outros tirar fotos. Em varias ruas estão os militares.

Em 28 de fevereiro de 1989, a Companhia de Maria celebrava 90 anos de sua presença em Medellín. Para a ocasião se havia preparado uma celebração da família religiosa. As irmãs de Cristales foram para Medellín para compartilhar deste momento de ação de graças.

Na manhã de 28, chegou em Cristales uma Toyota, último modelo, de placas LC8031, com cinco homens a bordo, vestidos de civil, que aparentavam estar bêbados e perguntaram pelo pároco e pela religiosa responsável pelo batismo. Como não os encontraram, foram ao Liceo onde perguntaram pela Reitora, como não se encontrava também, perguntaram pelas as irmãs. Depois perguntaram por Teresita.

Ela teve um diálogo de alguns minutos com seus assassinos, que lhe pediu para anotar algo. Ela foi buscar um papel, e neste momento eles se puseram ao lado da porta. Quando ela regressou, eles dispararam um tiro à queima roupa. Era às 11h20 da manhã, quando Teresita cai agonizando. Foi levada para o Hospital de San Roque, porém, não resistiu.

Brutalmente maltratam Teresita.

Uma inscrição aparece nas paredes da cidade: “Cristales estará de luto”. Esta frase se cumpriu na vida/martírio de Teresita.

Antes de concelebrar a Eucaristia de despedida, os sacerdotes beijam seu caixão, como se beijam no altar as relíquias dos mártires.


A alegria e o compromisso dela faz com que o povo continuasse a resistir e lutar.

Texto elaborado por Tonny da Irmandade dos Mártires da Caminhada, 
a partir de pesquisa na Internet.

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