Galeria dos Mártires - Frei Carlos Ramiro Morales Lopes


Frei CARLOS RAMIRO MORALES LOPEZ - O.P
Mártir entre os Lavradores da Guatemala
GUATEMALA * 20/01/1982

Carlos Ramiro Morales Lopes, primeiro sacerdote dominicano guatemalteco desde a expulsão da Ordem no século XIX.

Em toda sua vida – desde o tempo de universitário até seu martírio, aos 35 anos – Carlos teve uma única obsessão: a libertação integral de seu povo.

Fez o noviciado e cursou filosofia no México, e teologia, na Costa Rica. 

Na Costa Rica e no Panamá, trabalhou entre os indígenas e camponeses.

Em 1977 foi ordenado sacerdote, em meio ao seu povo de Salama, em Baja Varapaz. “Minha tribo que se achava na Guatemala veio toda... Um de meus irmãos até chorou e eu fiquei muito emocionado”, escreveu sobre aquele dia.

Na Guatemala este sempre integrado na pastoral de sua diocese. Organizou o primeiro seminário dominicano entre os camponeses indígenas, que alternavam trabalho e estudo. Assim, Carlos foi plasmando os dois ideais de sua vida religiosa: o serviço aos camponeses e a inserção de sua Ordem na realidade centro-americana, na linha de Las Casas.

Mas a repressão foi crescendo, especialmente contra os indígenas. “Trabalhar religiosamente na Guatemala hoje em dia é muito perigoso... com todo esse temor de um golpe certeiro e mortal que sempre se deve ter em conta”, escreveu Carlos.

Ameaçado de morte, repetidamente, aconselharam-no a mudar-se para a capital, já que considerava uma covardia afastar-se do país. 

Foi assassinado no dia 20 de Janeiro de 1982 com vários tiros disparados de um carro, numa rua da Guatemala.

superior de sua Ordem na América Central, disse estas palavras sobre Carlos: “Sua sensibilidade cristão diante da injustiça que sofriam os mais deserdados de seu povo, levou-o a trabalhar por ele, num autentico compromisso evangélico, desde antes de sua ordenação sacerdotal até o próprio dia em que os assassinos decidiram ceifar aquela vida cheia de esperança e de desejo de um mundo fraternal para seu povo guatemalteco”

Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada,
a partir do livro: Sangue Pelo Povo.






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