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Mostrando postagens de maio, 2015

Galeria dos Mártires - Raimundo Ferreira Lima, "Gringo"

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RAIMUNDO FERREIRA LIMA,  “GRINGO” Mártir da Reforma Agrária CONCEIÇÃO DO ARAGUAIA – PA * 29/05/1980 Raimundo, familiarmente apelidado de “Gringo” , 43 anos e pai de seis filhos, juntou a simpatia com a combatividade, uma fé cada vez mais consciente e consequente com a luta tenaz e organizada. Agente de pastoral da diocese de Conceição do Araguaia e líder do Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Foi sequestrado, com implicação da polícia e a mando do latifúndio, foi levado de madrugada aos arredores de Araguaína, torturado e morto à bala. Seu corpo apresentava sinais de golpes na cabeça e um braço fraturado. A história de “Gringo” nada mais é que a própria história de seu povo, cujos direitos defendeu, como cristão e como sindicalista autêntico. Muitas vezes ameaçado de morte, jamais cedeu diante dessas ameaças. Verdadeiro líder, “sua combatividade e sua coragem eram nossa força, que crescerá com seu martírio”, afirma um de seus companheiros sindicalistas. Mais de

Galeria dos Mártires - Massacre Coletivo de Panzós

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MASSACRE COLETIVO DE PANZÓS Mártires Indígenas Quichés GUATEMALA * 29/05/1978: A partir de 1976, diante da reorganização do Movimento Popular na Guatemala (América Central), o exército partiu para a ocupação militar sistemática de diferentes áreas do país. A repressão, que começara sendo seletiva, contra os lideres ou animadores, se generalizou, com caráter de verdadeiro genocídio, em sequestro, assassinatos, bombardeios, queimadas de roças e aldeias. E no dia 29 de maio de 1978 culminou com o MASSACRE COLETIVO DE PANZÓS. Panzós é um povoado de índios Kekchi, fundamentalmente, no vale do rio Polochic, departamento ou estado de Alta Verapaz, a uns 200 quilômetros ao norte da capital guatemalteca. Mais de 600 camponeses indígenas se reuniram, naquele 29 de maio, na praça de Panzós, respondendo a um chamado  do prefeito local e para reivindicarem as terras que lhes pertenciam, de tempos imemoriais, subitamente passadas às mãos dos latifundiário e militantes, por meio de

Galeria dos Mártires - Adelino Ramos

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ADELINO RAMOS Mártir da Terra Livre PORTO VELHO-RO * 27/05/2011 Adelino Ramos, 56 anos, dirigente camponês, agricultor, que participou da invasão da fazenda Santa Elina, palco do massacre de Corumbiara (RO), em agosto de 1995, foi assassinado na manhã de 27 de maio de 2011, no distrito de Vista Alegre do Abunã, em Porto Velho (RO), enquanto vendia verduras produzidas no acampamento onde vivia. Adelino estava acompanhado da esposa e duas filhas quando foi abordado e atingido com cinco tiros. O homem atirou cinco vezes e continuou andando e se escondeu na mata quando a mulher de Adelino, identificada como Eliana, começou a gritar. Ela está sob proteção policial porque viu o assassino. Em junho de 2010, durante reunião em Manaus (AM), Dinho chegou a denunciar ao ouvidor agrário nacional, Gercino Silva, sobre as ameaças de morte que sofria. Era perseguido por latifundiários como um dos líderes do MCC. Ele morava no Assentamento Agroflorestal Curuquetê, em Lábrea,

Galeria dos Mártires - Pe. Antônio Henrique Pereira da Silva Neto

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PE. ANTONIO HENRIQUE PEREIRA DA SILVA NETO Mártir da Juventude RECIFE – PE * 26/05/1969 Antônio Henrique Pereira da Silva Neto, nascido no Recife em 28 de outubro de 1940, primeiro dos doze filhos de José Henrique Pereira da Silva Neto e Isaíras Pereira da Silva, ordenou-se sacerdote na Matriz Nossa Senhora do Rosário da Torre, por Dom Helder Câmara, aos 25 anos de idade. Sociólogo e professor, trabalhou nos colégios Marista, Nóbrega e Vera Cruz, na Escola Técnica do Derby e na Faculdade de Ciências Sociais, além de ensinar no Juvenato Dom Vital e na Cúria Metropolitana do Recife. Na vida religiosa se dedicava aos jovens. Tratava de assuntos que interessavam à juventude, como o conflito de gerações e as drogas, procurando despertar uma visão mais humana e consciente da sociedade. Como coordenador da Pastoral da Juventude da Arquidiocese de Olinda e do Recife participou de encontros juvenis em âmbito diocesano, regional, nacional e internacional. No seu trabalho c

Galeria dos Mártires - José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva

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JOSÉ CLÁUDIO RIBEIRO DA SILVA e MARIA DO ESPÍRITO SANTO DA SILVA Mártires e Heróis da Floresta NOVA IPIXUNA-PA * 24/05/2011 O casal de lideres extrativistas José Claudio Ribeiro da Silva e Maria do Espírito Santo da Silva foi executado na manhã de 24 de Maio de 2011 na cidade de Nova Ipixuna, no sudeste do Pará, cidade a 390 quilômetros de Belém. A suspeita de Organizações Não Governamentais (ONG’s) e da família de Ribeiro é que eles tenham sidos executados por madeireiros da região. Silva era considerado sucessor de Chico Mendes, em referência ao líder dos seringueiros do Acre que foi morto em 1988 por sua defesa da Amazônia. O casal saiu do Projeto de Assentamento Agroextrativista Praia Alta Piranheira, localizado a cerca de 50 quilômetros da sede do município de Nova Ipixuna, quando foi  cercado em uma ponte por pistoleiros. Ali, eles foram executados a tiros. José Claudio da Silva vinha recebendo ameaças de madeireiros da região desde 2008. Segundo informações

Galeria dos Mártires - Irmã Irene Mc'Cormack, rsj

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IRMÃ IRENE MC'CORMACK e Companheiros Mártires pela causa da Paz PERU * 21/05/1991 Irene Mc'Cormack afirmava ser uma menina vibrante, determinada e divertida. Foi educada pelas Irmãs de São José, em um colégio interno, em Santa Maria College, em Attadale Austrália Ocidental, onde ela disse ter desenvolvido seus dois grandes amores: servir a Deus e educar os jovens. Com a idade de 15, decidiu que queria ser freira. Ela se juntou às Irmãs de São José do Sagrado Coração   em 1956 e passou alguns anos ensinando em áreas rurais da Austrália Ocidental Após 30 anos de ensino em escolas australianas irmã Irene tomou a decisão de que queria servir os mais pobres e marginalizados, e seguiu em missão para o Peru em 1987 para uma obra missionária. O primeiro trabalho de Irene foi em El Pacifico, um subúrbio de baixa renda, em San Juan de Miraflores, Lima e Santa de Perola no Distrito de San Martín de Porres. Em 26 de junho de 1989, Irene continuou seu serviço missionário em Hu

Galeria dos Mártires - Chicão Xucuru

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CHICÃO XUCURU Mártir da Terra Indígena PESQUEIRA - PE * 20/05/1998 Chicão Xucuru (Francisco de Assis Araújo) foi vitima de uma emboscada de três pistoleiros do latifúndio, na manhã do dia 20 de maio de 1998.  Já escapara de várias tocaias, de ataques planejados pelos fazendeiros. Em 1995, a mando de fazendeiros, foi assassinado o advogado da Funai, Geraldo Rolim da Mota Filho, que prestava apoio jurídico ao povo Xucuru. Homem altivo e sereno, amável e inteligente, líder natural que sabia ouvir e orientar, Chicão tinha o poder que manava do reconhecimento e admiração do seu povo Xucuru.  Grande líder da retomada das terras, sua perspectiva era recuperar a terra Xucuru invadida por 181 fazendas, cujos donos em boa parte são compadres e amigos do vice-presidente da república, Marco Maciel. Zenilda, a esposa de Chicão, seus filhos, seu povo, vêm retomando a herança, regada com sangue pelo destemido Chicão, e afirmando a identidade e os direitos do povo Xucuru. “Par

Galeria dos Mártires - Manoel Luís da Silva

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MANOEL LUÍS DA SILVA Mártir da Terra SÃO MIGUEL DE TAIPU, PB * 19/05/1997 Manoel Luís da Silva, sem terra, assassinado por capangas a mando dos grande latifundiário. O crime aconteceu em 19 de maio de 1997, quando alguns trabalhadores sem terra, ao voltarem de uma  mercearia , nas proximidades do acampamento instalado na Fazenda Engenho Itaipu, sofreram uma emboscada preparada pelos acusados.  Manoel Luiz da Silva foi assassinado com tiros de espingarda calibre 12 e o sem terra João Maximiniano da Silva foi ameaçado de morte. “Ele estava sob a mira das armas e depois de muito implorar, foi liberado pelos acusados” , detalhou o promotor de Justiça que acompanha há dez anos o caso, Aldenor de Medeiros Batista.  Os acusados trabalhavam como capangas da Fazenda Taipú, área reivindicada pelos trabalhadores e trabalhadoras acampados na época – e onde hoje está localizado o assentamento Novo Taipú, conquistado pelos trabalhadores em 1998 -. O ex-proprietário da fazenda,

Galeria dos Mártires - Porfírio Suny Quispe

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PORFÍRIO SUNY QUISPE Mártir da Justiça e Solidariedade PERU * 14/05/1991 Porfírio Suny Quispe, ativista e educador, mártir da justiça e da solidariedade no Peru. Professor camponês, deputado regional, casado e pai de sete filhas, incansável lutador social. Assassinado pelo Sendero Luminoso em Juliaca, Puno. Professor das crianças mais pobres da cordilheria. Como presidente da Comissão de Direitos Humanos e Comissão de Pacificação da região, “José Carlos Mariátegui” participa na criação de grupos de auto-defesa contra SL em Carabaya. Apesar de sua oposição pública à guerrilha em 1988 ele foi acusado pelo exército de senderista, portanto, preso e torturado. Ante tal injustiça, a Anistia Internacional considera-o um prisioneiro de consciência. Liberado, Porfírio não renunciar à defesa da verdade e da justiça, apontando todos os tipos de corrupção. Como filho da terra indígena andina reivindica sua origem e sua cultura milenar, que ajuda a revalorizar entre seus irmãos.

Galeria dos Mártires - Mártires de Cayara

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MÁRTIRES DE CAYARA Mártires Pela Paz PERU * 14/05/1988 Muitos estão em seus campos, colhendo milho. Outros voltam da procissão da Virgen del Carmen que aconteceu no dia anterior. De repente, como se brotando da terra, com os rostos pintados ou cobertos, a pé, a cavalo, em helicópteros, os soldados invadiram Cayara, Ayacucho. Eles vêm para vingar a morte de vários militares e soldados que no dia anterior caíram em uma emboscada do Sendero Luminoso. Ao chegar, assassinam a Esteban Asto Batista. Dando tiros e insultando, eles fizeram entrar no templo cinco homens. Eles amarraram as mãos destes homens com correias. As mulheres foram lançadas para fora com ameaças de morte. Elas escutam gritos de dor. Outras patrulhas chutam as portas, roubavam, queimavam, destruíam tudo. Levam presos para o quartel vizinho várias pessoas. Levaram também a enfermeira, que estava vacinando as crianças. Os homens que retornavam do campo foram forçados a tirarem as camisas e se deitarem no chão.

Galeria dos Mártires - Massacre do Rio Sumpul

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MASSACRE DO RIO SUMPUL 600 pessoas assassinadas EL SALVADOR * 14/05/1980 Na aldeia salvadorenha de “La Arada”, e em seus arredores, mas amanhecia quando soldados da Guarda Nacional e da organização paramilitar ORDEN, apoiados por helicópteros, começaram a disparar, com uma violência ainda desconhecida de seus habitantes. Mulheres foram torturadas, antes do tiro de misericórdia. Crianças de peito foram jogadas para o alto, para serem fuzilados. Os sobreviventes fugiram rumo à fronteira de Honduras. Tentaram alcançar a outra margem do rio Sumpul. Mas nenhum detalhe tinha sido esquecido. O massacre fora cuidadosamente preparado. O exercito hondurenho, que permanecera a postos, em frente ao rio, desde o dia anterior, fez voltar ao território salvadorenho todos aqueles que tentavam atravessá-lo. Muitos morreram afogados. Especialmente as crianças. As águas do Sumpul tingiram de sangue e encheram-se de cadáveres. O genocídio terminou ao entardecer e ali jaziam 600 mortos,

Galeria dos Mártires - Beatriz Carbonell Perez Weiss e seu esposo Horacio Perez Weiss, Maria Marta Ocampo de Vasquez Lugones e o marido, Monica Maria Candelaria Mignone, Maria Ester Loruso e Monica Quinteiro.

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Beatriz Carbonell Perez Weiss e seu esposo Horacio Perez Weiss, Maria Marta Ocampo de Vasquez Lugones e o marido, Monica Maria Candelaria Mignone, Maria Ester Loruso e Monica Quinteiro. Mártires da Paz e Da Solidariedade ARGENTINA * 14/05/1976 Preso em suas casas Beatriz Carbonell Perez Weiss e seu marido, Horacio Perez Weiss, Maria Marta Ocampo de Vasquez Lugones e seu marido Cesar Amadeo Lugones; Monica Maria Candelaria Mignone. Maria Esther Lorusso Lammle, Monica Quinteiro (ex-religiosa das Irmãs de Misericórdia). Eles realizavam trabalhos de promoção humana, social, religiosa e política na “villa miséria”  Flores (Buenos Aires) na Paróquia Maria Mãe do Povo. Sequestrado em 14 de maio de 1976, juntamente com os sacerdotes Orlando Yorio e Francisco Jalics, que em seguida foram liberados. Ao questionar o que havia ocorrido padre Orlando Yorio relata que eles foram transferidos para a Escola de Mecânica Naval, onde depois de serem torturados foram levados nos “voos da