Galeria dos Mártires - Massacre de Eldorado dos Carajás

MASSACRE DE ELDORADO DOS CARAJÁS
Mártires da Terra
ELDORADO DOS CARAJÁS, PA * 17/04/1996 

19 anos do Massacre  de Eldorado dos Carajás, PA, Brasil. A Polícia Militar do Estado mata 21 pessoas que defendiam seu direito à terra.

Dia Nacional da Luta pela Reforma Agrária

Dia Internacional da Luta Camponesa

No sonho de fazer valer seus direito e garantir um futuro melhor, um grupo de manifestantes do Movimento dos Sem-Terras paralisaram a rodovia BR-155, no município de Eldorado dos Carajás, no sul do Pará. 

Cerca de 1.500 trabalhadores acampavam pela região. Eles realizaram uma marcha exigindo a desapropriação de diversas terras locais, em especial, a da Fazenda Macaxeira. Resolveram bloquear uma das estradas estaduais que ligam a capital ao sul do Estado. O bloqueio da estrada não agradou ao governador Almir Gabriel, do PSDB, o qual ordenou que a polícia fosse até o local para desobstruir a estrada. Foi aí que o secretário da Segurança do Pará, Paulo Sette Câmara, autorizara a Polícia Militar a fazer uso da força necessária para acabar com a obstrução da rodovia, que cumpre papel fundamental na ligação de Belém ao sul do estado e, portanto, ao resto do Brasil.

De início, os policiais, comandados pelo coronel Mário Pantoja de Oliveira, usaram bombas de gás lacrimogêneo para afastar os sem-terra dali. Estes resistiram e, providos de foices, facões e enxadas, permaneceram no local. Os policiais, então, passaram a atirar contra os sem-terra. Dezenove foram mortos no momento, outros dois, anos depois, e sessenta e sete foram gravemente feridos, constituindo o Massacre de Eldorado dos Carajás.

Pouco tempo depois do ocorrido, o então presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, proclamou o dia 17 de abril como Dia Nacional da Luta pela Reforma Agrária. A Via Campesina o nomearia como Dia Mundial da Luta Campesina. Desde o massacre, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, passou a realizar a Jornada de Lutas todo mês de abril - que veio a ser chamado pela imprensa de “Abril Vermelho” - para protestar em favor da reforma agrária e contra a impunidade dos 155 policiais envolvidos.

Texto elaborado por Tonny, da Irmandade dos Mártires da Caminhada





































        
monumento erguido em Memória das Vítimas do massacre
                                                                      

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