Galeria dos Mártires - Mártires de Olancho

MÁRTIRES DE OLANCHO
Mártires da Terra e da Justiça
HONDURAS * 25/06/1975

Pe. Michel Jerônimo Cypher “Casimiro” franciscano de origem americana, Pe. Ivan Betancourt, de origem colombiana, ambos da Prelazia de Olancho, em Honduras, e os leigos; Máximo Aguilera, Lincoln Coleman, Bernardo Rivera, Francisco Colindres, Fausto Cruz, Roque Ramón Andrade, Arnulfo Gomez, Ruth A. Mayorquin, Maria Elena Bolívar, Alejandro Figueroa, Juan Benito Montoya e Oscar Ovidio Ortiz.

O testemunho de Ivan e de “Casimiro” e o trabalho de conscientização que se realizava através do Instituto "18 de Fevereiro" e da União Nacional dos Camponeses, era insuportável para os latifundiários que pretendiam manter terras e privilégios à custa da fome e da miséria dos camponeses. 

Os sacerdotes e o bispo de Olancho estavam apoiando os camponeses na sua luta pela terra e por uma vida digna. Os donos dos latifúndios acusavam ao bispo e aos sacerdotes de serem "uns comunistas loucos". Prometeram dez mil dólares pela cabeça do bispo, que lhes deveria ser entregue em um prato, e dois mil pela cabeça do Padre Ivan.

Aos circunstancias se tornaram tensa na região no início de junho. O massacre foi preparado em todos os seus detalhes e executados por um fazendeiro e membros do exército que pela manhã do dia 25 de junho de 1975 haviam suspendido a "Marcha da Fome" e reprimido brutalmente seus responsáveis.
Todas as catorze pessoas foram levadas à fazenda "Los Horcones" e aí assassinadas uma por uma, com disparos na cabeça e seus corpos foram jogados num poço de mais ou menos 30 metros de profundidade e depois coberto com terra com ajuda de um trator.

A família de um tratorista que não havia participado da matança, nem do trabalho de remover a terra, percebeu o que estava acontecendo e mandou secretamente um dos filhos avisar ao Arcebispo da capital. Então as autoridades eclesiásticas com um grupo de pessoas responsáveis pelos Direitos Humanos, policia, etc vieram à fazenda e mandaram escavar o poço, até que finalmente encontraram os corpos e os identificaram.

Os que conheceram ao Pe. Ivan recordam-no como pessoa incansável e alegre em seu trabalho pastoral, um homem de oração e capaz de dar a vida pela causa da justiça. Pe. Miguel “Casimiro” era um verdadeiro testemunho de pobreza e de entrega total à causa do povo, por quem deu a vida.

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